quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Super-Man, o espelho

A Sociedade e sua "necessidade" de um espelho vem de tempos longíquos e em quase todas as civilizações,um desfilar quase ininterrupto e recorrente com relação a ícones e ídolos, figuras quais, o homem reserva um espaço de simbologia alegórica capaz de sintetizar suas vontades, medos, idealizações e perspectivas.


O que este simbolo significa? 

Essas imagens criadas possuem propósitos bem claros; dado que por meio desse repertório figurativo,
que incluem mitos e heróis o homem constrói seus reais valores, valores que por sua vez, se adequam às suas necessidades através da mídia, que é ministrada pela Indústria Cultural, portanto, uma vez que as indústrias conseguem identificar as carências daquela determinada sociedade, criam formam de suprirem as mesmas através da mitologia, doutrinando e direcionando o pensamento e a moral humana.

Super-homem, o homem




 A popularidade de Super-Homem se deu basicamente em virtude de representar tudo aquilo que o homem é e tudo que o mesmo quer ser. Clarck Kent, é um homem normal, trabalhador, desajeitado, medroso e não desejado por mulheres, retrato da maioria de todos os cidadãos, mas ao tornar-se o Super-man, ganha glórias, poderes imensuráveis, é capaz de ajudar o próximo e tem a mulher que ama, Lois Lane.

Super-Patriota
Umberto Eco e o Super-Man, homem e herói:

 Umberto Eco, formou-se em Direito,  posteriormente dedicou-se à Filosofia,  teorizou estéticas, avaliou impactos da globalização e de informação na cultura humana.
 Eco criou uma analogia para com a criação do Super-Man, dado que foi bem popular,  popularidade essa que deu-se basicamente em virtude do mesmo representar tudo aquilo que o homem é e tudo que o próprio quer ser.
  Clarck Kent, é um homem normal, trabalhador, desajeitado, medroso e não desejado por mulheres, retrato da maioria de todos os cidadãos, mas ao tornar-se o Super-Man, ele adquire glórias, poderes quase que imensuráveis, é capaz de ajudar o próximo e consequentemente conquistar a mulher que ama, Lois Lane. Portanto, desperta no homem, o desejo de ascensão.

  A teoria analógica de Eco, pode ser observada no cotidiano, dado que ela basicamente representa a publicidade hoje, que proporciona a ambição.

 Eco, fala que a figura do herói  insere-se na mente de seus telespectadores da mesma maneira
que a publicidade. A subjetividade, se dá pelo fato do herói além de ser “super” também é homem, ou seja, super-homem: é “super”, mas é homem. Ele se identifica com a população quando se humaniza, porque é como eles, se parece com eles, com defeitos, medos e reflete seus anseios.



Alex F. Osborn: O pai do Brainstorming

Alexander Faickney Osborn nascido no dia 24 de maio de 1888 no Bronx, Nova York.

Alex F. Osborn foi um grande publicitário e empresário americano, que se tornou muito ativo e teve sucesso como autor de livros sobre o pensamento criativo, lançando várias publicações, entre elas, "How to think up", lançado em 1942 onde Osborn apresentou o termo Brainstorming.


O brainstorming ou tempestade de ideias, mais que uma técnica de dinâmida de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo - criatividade em equipe - colocando-a a serviço de objetivos pré determinados. A técnica propõe que o grupo se reúna e utilize a diversidade de pensamentos e experiências para gerar soluções inovadoras, sugerindo qualquer pensamento ou ideia que vier à mente a respeito do tema tratado. Com isso, espera- se reunir o maior número possível de ideias, visões, propostas e possibilidades que levem a um denominador comum e eficar para solucionar problemas que impedem um projeto de seguir adiante. Mas para uma boa reunião de brainstorm, existem algumas regras.


As quatro principais regras do brainstorming são:
Críticas são rejeitadas: Esta é provavelmente a regra mais importante. A não ser que a avaliação seja evitada, o princípio do julgamento não pode operar. A falha do grupo ao cumprir está regra é a razão mais crítica para que a sessão de brainstorming não resulte. Esta regra é aquela que primariamente diferencia um brainstorming clássico de outros métodos de reuniões tradicionais.
Critatividade é bem-vinda: Esta regra é utilizada para encorajar os participantesa a sugerir qualquer ideia que lhe venha à mente, sem preconceitos e sem medo que isso o vá avaliar imediatamente. As ideias mais desejáveis são aquelas que inicialmente parecem ser sem domínio e muito longe do que poderá ser uma solução. É necessário deixar as inibições para trás enquanto se geram ideias. Quando se segue esta regra, cria-se automaticamente um clima de brainstorming apropriado. Isso aumenta também o número de ideias geradas.
Quantidade é necessária: Quanto mais ideias forem geradas, mais hipóteses há de encontrar uma boa ideia. Quantidade gera qualidade.
Combinação e aperfeiçoamento são necessários: O objetivo desta regra é encorajar a geração de ideias adicionais para a construção e reconstrução sobre as ideias dos outros.

Alguns livros publicados por Alex F. Osborn:
A Short Course in Advertising, London, New York: Sir I. Pitman & Son, 1921. OCLC 562025307
How to "Think Up". New York, London: McGraw-Hill Book Co., 1942. OCLC 562025301
Your Creative Power, Scribner, 1948. OCLC 607142384
Wake Up Your Mind: 101 ways to develop creativeness., New York, London: Charles Scribner's Sons, 1952. OCLC 562025321
Applied Imagination: Principles and Procedures of Creative Problem Solving., New York: Charles Scribner's Sons, 1953. OCLC 641122686.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Cronológica Universal

Partindo da ideia de que marcas de histórias em quadrinhos são também grandes corporações do sistema capitalista, suas ações orçamentárias bilionárias são sempre visando o maior lucro. Cada uma dessas marcas possuem seus universos padronizados com as histórias de super-heróis mais conhecidas, que no caso da Marvel, seu universo padrão é chamado de Terra-616 e se encontra personagens como: Wolverine e os X-men. 

Os roteiristas procuram construir uma versão alternativa dos fatos, sem interferir nas histórias do universo padrão. Logo, criam um universo alternativo aonde explicam as mudanças ocorridas e explorar as consequências da mesma. Essa visão distorcida dos fatos originais aconteceu pela primeira vez, na Marvel, com o Capitão Bretanha, onde foi possível a visualização de outras versões do personagem e que esse conjunto de universos, denominado de Multiverso, é protegido por Merlyn. 
O chamado Terra-199999 é o universo cinematográfico da Marvel, onde é o cenário dos super-heróis produzidos especificamente pela Marvel Studios. Essa franquia se expande tanto para histórias em quadrinhos, como para curta-metragens e série de televisão, aonde o universo compartilhado nos filmes é muito parecido com os universos dos quadrinhos. 


O primeiro filme produzido dentro dessa linha foi o Homem de Ferro, em 2008, que acabou desencadeando quatro produções até chegar aos Vingadores, em 2012 e completar a primeira fase de filmes. A partir do Homem de Ferro 3, em 2013 até o Homem Formiga, 2015 é completada a segunda fase de filmes. Entrando em 2016, será possível ver o início da terceira fase cinematográfica dos grandes heróis da Marvel com uma adaptação da Guerra Civil em Capitão América: Guerra Civil
Espalhando-se pelos meios comunicacionais, seguindo a linha cronológica dos filmes, a Marvel chega às televisões. Agents of  S.H.I.E.L.D, compartilham as histórias de Vingadores, por exemplo, quando as pessoas assistiriam a morte do agente Phil Coulson no filme, ficaram surpresos com sua aparição na série até descobrirem que sua morte foi forjada pelo Nick Fury, como um estímulo aos heróis. Negócios feitos para a apresentação de séries das histórias dos universos da Marvel no Netflix até Outubro de 2013 e em outras emissoras chamaram a atenção de muitos fãs, que acompanham saciavelmente essa cronologia criada pelo estúdio. 


Essa ideia de adaptação para o cinema começou como uma prevenção de uma crise financeira que perturbava os diretores da Marvel, aonde foram vendidos os direitos dos seus produtos. Essa adaptação gerou milhões de dólares, proveniente das bilheterias e, sendo observado mais tarde, nada dessa atual cronologia teria acontecido se não fosse o sucesso dos primeiros filmes, como e, principalmente, Homem Aranha sendo interpretado por Tobey Maguire. 
Com o sucesso dessas produções feitas pelo estúdio, foram feitas as mudanças necessárias para passarem o resto das histórias na televisão. Foram criadas as séries com diversos episódios, contando mais coisas que esses universos tem a oferecer. Incorporou-se uma grande produção cinematográfica que conquista milhões de pessoas pelo mundo nas telonas e nas telinhas. Gerando uma comoção em volta dessas megaproduções, sendo experimentadas novas tendências da ficção científica e audiovisual, abrindo novas vertentes cinematográficas em geral. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Heróis do Brainstorming

Didaticamente, o brainstorming trata-se de uma atividade feita por duas ou mais pessoas onde as ideias são despejadas e exploradas sem modéstia ou timidez, findando em uma reunião dos melhores conceitos. A técnica foi desenvolvida pelo publicitário Alex Osborn. 

A esmagadora maioria dos heróis foi criada por duplas dinâmicas nos primórdios dos quadrinhos, muito presentes a partir de 1930. Superficialmente, tratava-se de um roteirista e um desenhista. Entretanto, entre eles há o brainstorming. A troca de ideias foi determinante para criações eternas que, se fossem feitas por uma única mente, dificilmente ocorreriam de forma tão bem sucedida. Artistas como Stan Lee e Jack Kirby, Bill Finger e Bob Kane, Jerry Siegel e Joe Shuster, dentre tantos outros, uniam suas imaginações em discussões de múltiplas ideias a fim de chegar a definição perfeita para cada novo herói.




Bill Finger e Bob Kane - Batman


Bob Kane
A dupla criou em 1939 o herói que possui o maior numero de fãs. O homem-morcego foi concebido assim mesmo, meio homem, meio morcego, por Bob Kane. Ao mostrar para seu amigo Bill Finger a concepção do personagem e um esboço os dois executaram o brainstorming. Kane criou o conceito, o nome e outros pequenos detalhes e Finger sugeriu que Batman tivesse uma capa ao invés de asas, além de um capuz e luvas. Finger também sugeriu remover as partes coloridas do uniforme concebido por Kane e manter apenas o preto e o cinza.

Uma breve curiosidade: Devido às práticas editoriais da DC na época, todas as histórias do Batman foram publicadas como sendo de autoria de Bob Kane (Kane apresentado o personagem sozinho, sendo o criador "oficial"), o que significava que Finger não recebia nenhum crédito por seu trabalho. Até a sua morte em 1974, ele não obteve o reconhecimento merecido, e tornou-se sinônimo ("fingered") na indústria de quadradinhos quando se quer dizer que o autor não recebeu nenhum crédito por sua história. Hoje, em todas as produções que envolvam o Batman, Finger é devidamente creditado.


Steve Ditko e Stan Lee - Homem-Aranha

Lee na adaptação cinematográfica do Homem-Aranha
O já consagrado Stan Lee idealizou um personagem que tivesse como símbolo algo que, de imediato, não representasse grandiosidade e força. Stan diz ter pensado em muitos insetos até chegar a aranha. Após a iniciação do projeto, tendo já muitas das características aracnídeas do personagem; andar pelas paredes, disparo de teia (através de dispositivos por ele mesmo criados "web-shotters") e capacidade cognitiva ao perigo, o "sentido-aranha", além de super força e agilidade, costumeiras a heróis. Ao mostrar seu projeto para Ditko, o Aranha cresceu bastante ganhando características psicológicas e sociais decisivas para ser o sucesso entre o público das histórias em quadrinho. Peter Parker tornou-se um adolescente órfão, educado e criado pela sua Tia May e o seu Tio Ben, que tinha que lidar com as lutas diárias normais da sua idade, em adição aquelas que tem como combatente do crime mascarado.


Jerry Siegel e Joe Shuster - Superman


Siegel e Shuster
Foram colegas desde a escola e nutriam o gosto por ficções cientificas. Na revista Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization, em 1932, lançaram a primeira versão do personagem, então concebido como um vilão cujos poderes psíquicos foram usados para manipular outras pessoas e dominar a humanidade.
"Super-man", vilão
 Nos anos seguintes Superman passaria por uma série de reformulações nas mãos dos dois autores -agora um herói, que passariam a oferecê-lo a diversas empresas, sempre com resultados negativos , até que em 1938 a "National Periodical Publications" os convidou para contribuir com um novo personagem para a mais recente publicação Detective Comics. Eis, então, o Super. Logo em seu primeiro ano de publicação serial, 1938, Siegel e Shuster foram forçados a expandir o universo do herói para preencher a demanda que tinha-se por esse recém criado ícone. Eles criaram, então, toda a mitologia do herói que, por conseguinte, criou uma gama de novos personagens.


Mulher-Maravilha - Um brainstorming trivial
A criação da primeira super-heroína deve-se a uma pequena troca de ideias entre Dr. William Moulton Marston, dito criador, e sua esposa, Elizabeth Holloway Marston, contribuinte decisiva. William Moulton Marston, um psicólogo já famoso por inventar o polígrafo (precursor mecânico do laço mágico), teve a ideia para um tipo novo de super-herói, um que triunfaria não com punhos ou poderes, mas com amor. "Bom", disse Elizabeth. "Mas faça-lhe uma mulher." Ao fim, também, haviam punhos e poderes.


Quarteto Fantástico - Brainstorming incial em um campo de golfe
Em 1961, o editor-chefe da Timely Comics (a editora precursora da Marvel), Martin Goodman, estava a jogar uma partida de golfe com o editor rival Jack Liebowitz da DC Comics. Liebowitz contou a Goodman sobre o sucesso que a DC estava a ter recentemente com a Liga da Justiça, um nova série que apresentava uma equipe formada por vários personagens de sucesso da editora.
Baseado nesta conversa, Goodman decidiu que sua companhia deveria começar a publicar a sua própria série sobre uma super-equipe. Stan Lee, que estava prestes a deixar a indústria assim que seu contrato acabasse, associou-se ao desenhista Jack Kirby para produzir uma revista inovadora. Através de muito trabalho de brainstorming a dupla decidiu as prioridades do novo projeto; unir a ideia de família aos super-heróis, com problemas, falhas, desentendimentos e humanidade. Assim criaram o Quarteto Fantástico, um grupo por vezes disfuncional e emocional, sem máscaras ou identidades secretas, sendo a "primeira família" da Marvel. O título ditou o modelo de herói que tornou-se o standard para a editora ao longo dos anos, graças a colaboração criativa de brainstorming entre Lee e Kirby.


Senhor Fantástico, Mulher-Invisível, Tocha-Humana e Coisa, o Quarteto.